No Volume Anterior, O Autor Mostrou Como O Desenvolvimento Natural Da Filosofia Moderna Pré-kantiana Havia Desembocado Em Dois Becos Sem Saída: De Um Lado, O Empirismo Fenomenista (hume), De Outro, O Dogmatismo Racionalista, Seja Monista (spinoza), Seja Pluralista (wolff). De Ambos Os Lados, A Via De Uma Evolução Ulterior Parecia Bloqueada: O Empirismo Acabava Na Impotência Cética, O Racionalismo Dissolvia-se Em Contradições Internas. No Presente Volume, O Autor Explicará Como Essa Dualidade Foi Resolvida, Ainda Que Não Totalmente E Nem De Modo Plenamente Satisfatório, Pela Filosofia De Kant: Assistiremos Às Peripécias Mais Marcantes Desse Drama Intelectual Invulgar E Consideraremos Depois, De Bem Perto, Seu Desenlace, Consignado Nas Três Críticas. Esse Desenlace, Como Se Sabe, Foi Uma Solução Ao Menos Parcial Da Antinomia Fundamental Entre Racionalismo E Empirismo. Como, Desde Essa Época, As Duas Tendências Antagonistas Haviam, Cada Qual, Desenvolvido Suas Mais Extremas Consequências, A Conciliação Delas Por Kant Não Podia Deixar De Ser Um Retorno Inconsciente, Aliás A Algum Ponto De Vista Sintético Outrora Desconhecido Pelos Ancestrais Da Filosofia Moderna. Na Verdade, Graças Ao Esforço Contínuo De Seu Pensamento Pessoal, Kant Obrigava A Filosofia A Voltar Sobre Seus Passos Ao Ponto De Cruzamento Em Que Empirismo E Dogmatismo Racionalista Haviam Divergido. Sob Esse Aspecto, O Fundador Da Crítica Moderna, Não Obstante As Insuficiências De Sua Solução, Deve Ser Classificado Entre Os Restauradores Da Unidade Necessária Entre O Uno E O Múltiplo, Comprometida Desde O Fim Da Idade Média .