Tive O Grato Privilégio De Ser Um Dos Primeiros Leitores Desta Obra Coletiva, Composta Por Catorze Capítulos De Autores E Autoras Do Brasil, Da Colômbia E De Portugal, Incluindo Ainda Um Prefácio E Um Posfácio. Os Olhares São Epistemologicamente Convergentes, Procurando Compreender Os Mundos E Os Quotidianos Das Crianças A Partir Do Seu Próprio Campo, Mobilizando Para Isso Perspetivas E Dispositivos Teórico-metodológicos Que Sustentam A Possibilidade De Produção De Conhecimento Não Apenas Sobre As Crianças, Mas Também Para E Com As Crianças. E Essa Convergência É Acompanhada De Contributos Plurais Em Termos De Abordagens E Temáticas, Como As Políticas Públicas, O Desenvolvimento Infantil E A Construção De Uma Epistemologia Negra, Mas Também Diversos Quanto Aos Contextos De Realização Das Pesquisas, Nomeadamente, A Pandemia De Covid-19 E O Processo Educativo De Crianças Com Síndrome De Down, O Terreiro, A Casa De Acolhimento, A Escola De Samba, A Escola E O Bairro, Entre Outros.
os Trabalhos Que Esta Obra Nos Dá A Ver Oferecem-nos Múltiplos Guiões De Leitura E Uma Grande Diversidade De Registos, Fontes E Técnicas Investigativas Que Contribuem Para O Aprofundamento Do Campo Dos Estudos Das Infâncias E Das Crianças. Como É Dito No Prefácio Da Obra, São “textos Que Mobilizam Outros Estudos Em Defesa Das Infâncias E Construídos Com As Crianças”. Mostram-nos Possibilidades Metodológicas Fecundas, Simultaneamente Criativas E Críticas, Para O Desenho De Pesquisas Emancipatórias Que Combinem A Denúncia E O Anúncio Enunciados Por Paulo Freire Acerca Da Utopia Como Inédito Viável.