Automatismo Psíquico, Escrita Automática E Collages São Práticas Que Permeiam A Trajetória Do Movimento Surrealista. O Fato De Serem Vistas, Ainda Hoje, Como Técnicas A Serviço De Um Objetivo Específico, Revelam A Urgência De Patíbulo Com Para-raios: Surrealismo E Filosofia, Coletânea De Ensaios Do Filósofo E Escritor Georges Sebbag, Com Tradução De Bruno Costa.
a Série De Equívocos Que Envolvem A Aventura Surrealista É Aqui Desnudada E Colocada Em Perspectiva Para Jogar Luz Aos Verdadeiros Objetivos Do Movimento. “o Intuito Do Recorte Aqui Estabelecido É Exteriorizar Os Aspectos Ocultos Que Interligam Surrealismo E Filosofia A Partir De Uma Verdadeira ‘batalha Do Espírito’ Vislumbrada Nas Obras Dos Membros Do Movimento Surrealista E Seus Arredores”, Destaca Alex Januário Na Apresentação Da Obra.
“sabemos Que O Surrealismo Foi Um Formidável Movimento Poético E Artístico. No Entanto, Ignoramos Que No Seio Do Grupo Surrealista A Dupla Louis Aragon-andré Breton E Os Franco-atiradores Antonin Artaud E René Crevel Elaboraram Um Verdadeiro Projeto Filosófico Ao Longo Da Década De 1920”, Escreve Sebbag Na Introdução.
a Partir De Seu Primeiro Contato Com André Breton Em 1964, Sebbag Passou A Integrar O Grupo Surrealista De Paris. Assim, Suas Considerações A Respeito Da Filosofia Presente Na Proposta Surrealista Desde O Primeiro Manifesto Do Surrealismo (1924) E De Seu Desenvolvimento Ao Longo Das Décadas São Permeadas Pelo Olhar Analítico De Quem Vivenciou E Contribuiu Para Esse Processo. Patíbulo Com Para-raios: Surrealismo E Filosofia É Uma Recolha De Ensaios Oriundos Do Original Potence Avec Paratonnerre – Surréalisme Et Philosophie (hermann Éditeurs, 2012). O Título Remete À Obra Do Pintor Wolfgang Paalen, Uma Homenagem Ao Escritor Alemão Lichtenberg Que, Por Sua Vez, Está Presente Na Antologia Do Humor Negro, De Breton (1940).