“não! As Mulheres Pré-históricas Não Passavam O Tempo Varrendo A Caverna! E Se Elas Também Tiverem Pintado Lascaux, Caçado Bisões, Talhado Ferramentas E Protagonizado A Origem Das Inovações E Dos Avanços Sociais?” Com Essa Provocação, A Proeminente Arqueóloga E Pré-historiadora Francesa Marylène Patou-mathis Começa Este Minucioso Livro Sobre Arqueologia De Gênero. O Imaginário Sociocultural Forjou A Ideia De Que, Na Pré-história, As Mulheres Eram Coletoras Delicadas E Vulneráveis, Restritas Ao Espaço Doméstico E Familiar. É Comum Também Serem Retratadas Sendo Arrastadas Pelo Cabelo Por Homens Portando Um Tacape, Levadas Como Troféus De Caça. Patou-mathis Revela Uma Mulher Pré-histórica Além Dessas Representaçõesrepetidas À Exaustão Desde Os Primeiros Historiadores E Arqueólogos, Todos Eles Homens, Até A Atualidade. Essas Imagens – Um Reflexo Dos Valores Sociais, Ainda Patriarcais E Burgueses – Estão Sendo Corrigidas Por Mulheres Que Apenas Recentemente Tomaram Espaço Na Academia E Nos Laboratórios. Elas Vêm Causando Revoluções No Nosso Modo De Compreender Esse Período Vivido Pela Humanidade, Como A Comprovação Da Existência De Guerreiras Vikingse A Valorização Da Figura Da Coletora Como Essencial Para O Desenvolvimento Civilizatório. O Homem Pré-histórico Também É Mulher: Uma História Da Invisibilidade Das Mulheres Corrige Um Mal-entendido Secular, Pois Não Só Dá Voz A Nossas Ancestrais – Tantas Vezes Caladas –, Mas Também Reconstitui Sua Dignidade, Com Argumentos Sólidos E Embasados Nas Pesquisas Mais Recentes Da Arqueologia E Da Pré-história. Esta Edição Brasileira Apresenta Ainda Prefácio Da Historiadora Social Giovana Xavier E Posfácio Da Jornalista E Ativista Renata Tupinambá, Que Expandem O Significado Do Livro, Comentando-o A Partir De Uma Visão Negra, Indígena E Latino-americana. “marylène Patou-mathis Traz Boas Notícias Que Fornecem Nova Munição Para A Luta Contra Argumentos Naturalistas.” -elle