Christina Sharpe Desvenda, Aqui, Os Vestígios Das Memórias Negras Escondidas Numa História Predominantemente Branca. Por Meio De Poemas, De Obras De Arte, Cinema E Arquitetura, Bem Como De Memórias Individuais E Familiares, A Autora Evoca Os Vestígios Do Sistema Escravista Na Vida De Pessoas Negras E Em Toda Uma Sociedade Moldada Para Desconfigurar Seu Sofrimento. Em Diálogo Com Escritoras Como Toni Morrison E Saidiya Hartman, Sharpe Desenterra Um Passado Colonialista Ainda Impregnado Nas Relações Sociais, Nos Laços Familiares E Em Nossa Própria Subjetividade. Ao Evidenciar Mecanismos De Exclusão Que Perduram E Servem De Base Para Um Sistema Que Lucra Com Os Diversos Tipos De Violência Contra Corpos Considerados Desimportantes, Sharpe Ressalta A Urgência De Um Trabalho Coletivo De Vigília, Lembrança E Cuidado Para A Construção De Um Espaço Que Não Reproduza Estigmas E Que Permita O Reconhecimento Das Feridas Ainda Abertas Da Escravização Negra.