O Reconhecimento E O Controle Sobre As Fronteiras Coloniais Constituíam Enormes Desafios Para As Coroas Ibéricas, Principalmente Em Áreas Com O Vale Amazônico, Vasto Espaço De Rios E Florestas No Extremo Norte Sul-americano. A Demarcação Dos Limites Políticos Demandava Não Apenas A Árdua Tarefa De Enviar Expedições Demarcadoras, Mas Também Uma Delicada Operação De Construção De Alianças Com Populações Nativas, De Recolhimento De Informações E De Manutenção De Fluxos Econômicos E Humanos. Tais Empreendimentos, Por Sua Vez, Dialogaram Com Desafios Geopolíticos Mais Amplos Enfrentados Por Portugal E Espanha Na Passagem Do Século Xviii Para O Xix. Essas Questões São Exploradas Neste Livro, Tomando Como Foco A Província De Maynas E A Capitania Do Rio Negro, Analisando As Interações Mantidas Nessa Zona De Fronteira Ibérica Nos Sertões Amazônicos, Com Seus Conflitos E Suas Complementaridades Em Um Tempo Marcado Pela Reconfiguração, Crise Política E Diluição Dos Impérios Ultramarinos.
sobre O Autor:
carlos Augusto Bastos É Doutor Em História Social Pela Usp, Docente Da Faculdade De História Da Ufpa/campus Universitário De Ananindeua, E Do Mestrado Profissional Em Ensino De História Em Rede Nacional (profhistoria). Também Foi Professor Do Departamento De História Da Universidade Federal Do Amapá. Desenvolve Pesquisas Sobre Fronteiras E Relações Transfronteiriças No Espaço Amazônico Nos Séculos Xviii E Xix, Tendo Publicado Artigos No Brasil E No Exterior Sobre Esses Temas. É Um Dos Organizadores Das Coletâneas Limites Fluentes: Fronteiras E Identidades Na América Latina (séculos Xviii-xxi) (editora Crv, 2013), História Militar Da Amazônia (editora Crv, 2015) E Entre Extremos: Experiências Fronteiriças E Transfronteiriças Nas Regiões Do Rio Amazonas E Do Rio Da Prata – América Latina, Séculos Xvi-xx (editora Crv, 2017).