A Filosofia De Hölderlin Em Iena É Uma Resposta Ao Argumento De Fichte De Que A Imaginação Constitutiva Da Realidade Deve Permanecer À Margem Da Consciência Para Que A Experiência Subjetiva Não Seja Uma Ilusão. Se O Pensamento É Determinação Racional Da Imaginação E Está Diretamente Implicado Na Explicação Efetiva Da Subjetividade, Sua Atividade Ultrapassa A Consciência E Aponta Para Uma Cisão Que Não Podemos Explicar. O Pensar Fixa Os Limites De Determinação Racional Da Imaginação, Mas Também Divide: De Um Lado, Hölderlin Concebe Um Ser Puro E Simples, Intocável Pela Consciência Na Cisão, De Outro, Exige-se União Com Esse Ser Como Totalidade. Hölderlin Busca A União Efetiva Na Ideia Platônica De Beleza Que, Entre As Ideias, É A Única Imune À Divisão Sensível-racional. Nas Versões De Hipérion, A Unidade É Pensada Em Termos Dinâmicos De Unidade-totalidade Com A Recuperação Do Espinosismo Difundido Por Lessing E Jacobi. No Primeiro Volume De Hipérion, Hölderlin Dinamiza Ainda Mais Essa Concepção, Inserindo A Beleza Na Dimensão Histórica De Uma Unidade-totalidade Em Si Diferenciada. Na União, A Cisão É O Pensamento Da Diferença Em Seus Limites.