A Constante Superexposição Do Stf E De Seus Ministros, Nos Últimos Tempos, Tem Sido Capaz De Provocar As Mais Diversas E Paradoxais Reações. A Visibilidade Extrema Do Stf Corresponde A Visibilidade Também Extrema Da Discórdia, Recorrente Em Tantos Setores Da Sociedade. Com A Academia Não Foi Diferente. A Divergência E Seu Aprofundamento, Muitas Vezes Decorrente Das Discussões Superficiais E Da Exploração De Factoides, Que Povoam Em Grande Medida O Novo Cenário Digital, Têm Colaborado Para Alimentar Ainda Mais O Protagonismo Central Do Stf Ou, Ao Menos, A Percepção Social De Que Esse Protagonismo É Exacerbado.
esta Obra Insere-se Nesse Debate Contemporâneo, Com O Viés Técnico E Científico Que Tanto Falta No Debate Público Nacional Dos Tempos Atuais. Assim, O Autor Procura Compatibilizar A Hermenêutica Filosófica Gadameriana Como “forma” De Aprimoramento Da Atuação Do Stf, No Sentido De Lhe Proporcionar Uma Base Consciente De Suas Possibilidades Hermenêuticas De Dizer-a-constituição. Com Isso, Elabora O Que Seria Uma Hermenêutica Filosófica Dialógica, A Ocorrer Como Uma Espécie De Fusão De Horizontes De Um Julgador Com O De Outros Julgadores, A Partir Do Diálogo Entre (e Com) Juízes, Do Intercâmbio De Suas Opiniões E Compreensões, Nos Moldes Que São Detalhados. Essa Retomada Dialógica No Modelo Decisório Da Corte, Contudo, Não Chega Ao Posicionamento Extremado De Impedir A Decisão Por Parte Da Corte, Como Tem Sido Sustentando, Por Exemplo, Em Certa Tradição Que Se Formou Na Corrente Norte-americana Da Chamada Democracia Dialógica E Da Desconfiança Democrática Em Relação À Corte Como Ponto De Partida Rígido Desses Pensadores.
andré Ramos Tavares