Crítica Da Razão Pós-colonial Traça A Figura Do “informante Nativo” A Partir De Diversas Práticas Culturais — Filosofia, História, Literatura E Crítica Do Feminismo — Para Indicar Que Ele Emerge Como Um Híbrido, Meio Metropolitano, Meio “selvagem”, Aparentado Com O Calibã De Shakespeare. Este Livro Mobiliza Feministas, Filósofos E Críticos Literários, Indo Da Analítica Do Sublime De Kant Ao Trabalho Infantil Em Bangladesh. Neste Percurso, A Noção De Um Intruso Do Terceiro Mundo Como A Pura Vítima De Um Opressor Colonialista Surge Como Altamente Suspeita: A Lama Que Atiramos Em Certos Ancestrais Aparentemente Dominadores, Como Marx E Kant, Pode Ser A Base Em Que Nos Apoiamos.
“nós Não Podemos Meramente Continuar A Representar O Papel De Calibã”, Diz Spivak Referindo-se Ao Monstruoso E Inconquistável Nativo Da Ilha Invadida Pelas Forças Coloniais De Próspero Na Peça De Shakespeare. “nosso Papel Deve Ser O De Reverter E Deslocar, A Fim De Mostrar A Cumplicidade Entre A Hegemonia Nativa E A Axiomática Do Imperialismo”. Escrita Há Três Décadas, Esta Frase Recai Com Toda A Força Sobre A Realidade Brasileira De 2019.
considerado O Primeiro Tratamento Completo Do Tema Pós-colonial Por Spivak, Uma Crítica Da Razão Pós-colonial Será Publicado Pela Editora Politeia No Final De 2021. O Livro É Considerado Pela Autora “um Livro Feminista”, No Sentido De Que É, Ao Mesmo Tempo, Uma Reflexão E Uma Prática De Filosofia E De Crítica Literária A Partir De Sua Condição De Mulher “praticante” Cultural.
a Partir De Questões Como “as Guerras Culturais Terminaram?” E “qual A Sua Relação Com As Lutas De Gênero E A Dinâmica De Classe?”, O Livro É Uma Tentativa De Compreender E Descrever Um Papel Mais Responsável E Efetivo Para O Crítico Pós-colonial.