A Crise Global Não Afeta A Todos Da Mesma Forma. As Mutações Do Mundo Do Trabalho E As Subjetividades Dispostas A Participar De Novas Formas De Produção E Consumo Redesenham Nosso Presente. O Que Significa, Então, Repensar A Possibilidade De Um Mundo Liberado Do Capitalismo? No Contexto De Uma Crise Que Marca Os Limites Do Pensamento Neoliberal, Os Novos Movimentos Sociais - Os Excluídos, Sem Documentos, Sem Empregos, Sem Moradia, Migrantes, Indígenas - Propõem Iniciativas De Baixo Para Cima. Em Um Esforço Inusitado, Que Combina Projeção Teórica E Conhecimento Direto De Uma Das Experiências Mais Reflexivas De Autonomia Das Últimas Décadas, Jérôme Baschet Analisa As Experimentações Sociais E Políticas Das Comunidades Zapatistas, Explora As Possibilidades Do Bem Viver E Propõe Um Balanço Crítico Dos Movimentos E Uma Análise Da Organização Política Das Comunidades Autônomas Federadas Que Assumiram A Saúde, A Educação, A Segurança E Os Serviços De Justiça. Baschet Explicita As Características Mais Complexas Do Capitalismo Financeirizado E Explora Caminhos Alternativos Para A Elaboração Prática De Novas Formas De Vida. Sem Estabelecer Um Modelo Universal Para As Experiências De Autogestão, Nem Construir Uma Grande História Para O Futuro, O Autor Condena-as A Se Dissolverem Em Algo Novo, Reabrindo O Horizonte De Outros Mundos Possíveis.